Alimentação natural para pets

A alimentação natural para pets é mais do que uma tendência ou mesmo um modismo passageiro.

Alimentar nossos bichinhos com alimentos frescos e saudáveis também é um ato de cuidado, que pode ser fundamental para a manutenção da qualidade de vida e da saúde dos nossos melhores amigos.

Nos últimos anos a pauta ganhou espaço em diferentes contextos, sobretudo naqueles em que o bem-estar e a saúde animal figuram como os mais importantes. Uma vez que a alimentação natural visa a proteção dos sistemas digestivos, controle de quadros de alergia e, ainda, cuidados em relação a algumas doenças mais sérias, como disfunções renais ou mesmo diabetes.

No entanto, no mesmo ritmo em que o assunto passou a dominar espaços, também passou a gerar polêmicas.

Quais são, efetivamente, os problemas relacionados à alimentação dos nossos pets com as sobras de alimentos que nós mesmos comemos?

É justamente sobre esses temas que vamos conversar hoje contigo, tutor. 😊

O que é alimentação natural para pets?

A alimentação natural para pets é um programa alimentar que visa oferecer alimentos mais saudáveis para cães e gatos, que são produzidos em pequena escala, com nutrientes balanceados, insumos de qualidade e na medida para a necessidade particular do animal.

Dessa forma, é possível fazer um cronograma alimentar exclusivo e totalmente personalizado para cada necessidade, para cada tipo de complicação que o bichinho venha a ter e até mesmo seguindo seus próprios gostos.

Teoricamente, a formulação da alimentação natural para pets é bastante simples e envolve todos os grupos alimentares aos quais nós, seres humanos, também devemos consumir para termos uma vida mais saudável.

Além disso, a alimentação natural para cachorro e gato também pode ser totalmente personalizada.

Ou seja, a alimentação natural também serve como uma terapia complementar, em que isolamos o bichinho de agentes alergênicos ou que podem desencadear episódios de intolerância alimentar, que, quando são sistêmicos, comprometem com gravidade a qualidade de vida do nosso pet.

Qual a composição da alimentação natural para cachorro e gato?

A pirâmide alimentar dos nossos pets é bastante parecida com a pirâmide alimentar humana em sua forma mais básica.

Para introduzir a alimentação natural na dieta do seu peludo, precisamos observar que ele deverá ter acesso a diversas vitaminas e minerais que serão disponibilizados por meio dos alimentos.

Dessa forma, tal como no nosso próprio caso, a alimentação do bichinho deverá ser bastante diversificada.

Assim, devemos garantir sempre no prato dele:

1) Frutas, verduras, hortaliças e legumes 

São as mais importantes fontes de vitaminas, fibras e minerais.

Por meio desses alimentos, conseguimos manter um bom equilíbrio alimentar para nosso bichinho, evitando complicações intestinais, como a constipação.

2) Carboidratos

Tal como na nossa alimentação, os carboidratos são importantes fontes de energia para o nosso corpo e garantem, ainda, vitaminas, minerais, fibras e, o mais importante, os fitonutrientes, que são totalmente biodisponíveis nesses alimentos.

Os carboidratos que nossos pets podem consumir são leguminosas, grãos, cereais e raízes.

3) Gorduras

Da mesma forma que os carboidratos, as gorduras fornecem ao corpo do nosso bichinho importantes nutrientes, como ômega 3 e 6, por exemplo, que são responsáveis diretos pela forma como nosso corpo sintetiza as próprias gorduras.

É importante que a alimentação do nosso pet seja rica em gorduras saudáveis, como óleo de côco, azeite de oliva e óleo de linhaça, dentre outras. 

Além disso, a gordura também fornece aos nossos pets mais energia, fazendo com que ele possa se exercitar, brincar e viver uma boa vida em sua plenitude.

Toda alimentação caseira é alimentação natural?

Não, nem todos os alimentos que produzimos em casa, para o consumo animal ou não, é alimentação natural. 

A alimentação natural prevê, necessariamente, a prescrição de uma dieta específica para o animal em questão, além de ter, fundamentalmente, acompanhamento clínico. Sim, podemos, então, entender a alimentação natural como um tratamento de saúde para o nosso pet.

Ao contrário disso, a alimentação caseira, ainda que recheada de boas intenções, nem sempre prevê essa questão de saúde animal, e tampouco recebe o acompanhamento clínico.

Ainda que você possa se cercar de boas informações antes de produzir as refeições do seu pet em casa, é preciso ter muito cuidado e muita atenção, sobretudo porque, em caso de falta de balanço protéico, energético e vitamínico, é possível que esse tipo de alimento faça mais mal do que bem para seu melhor amigo.

No entanto, ainda que a alimentação caseira não seja o mais recomendado para o seu pet, é possível sim que a alimentação natural seja caseira.

De posse da dieta prescrita por um especialista e para o seu cachorro ou gato, de forma específica, podemos prosseguir com a produção do cardápio em nossa própria casa.

Quais são os alimentos que não podemos fornecer aos nossos pets?

Alguns alimentos são potencialmente perigosos para nossos pets e, por conta disso, devem ser mantidos bem longe do prato deles e, outros, ainda que não tenham um grande potencial intoxicante, fazem mal a longo prazo.

O primeiro grupo desses alimentos são aqueles que o veterinário que acompanha o seu pet já identificou como potencialmente alergênicos e restringiu a alimentação com eles – e é justamente por isso que é tão importante o devido acompanhamento médico.

Já o segundo grupo contém alimentos que fazem mal para nós, tutores, a longo prazo. E fazem mal para os pets tanto quanto nos fazem mal, vale lembrar, desencadeando processos inflamatórios e até mesmo, em casos mais severos, diabetes, pressão alta e outras complicações de saúde.

Na prática, é bem fácil identificar quais são eles:

• Alimentos ultraprocessados;
• Farinhas brancas – pães, pizzas, bolinhos industrializados e outros alimentos que têm como base esse tipo de insumo;
• Alimentos que trazem como insumo grãos transgênicos – aumentam o potencial alergênico nos pets, já a curto prazo;
• Açúcares industrializados e adoçantes – os cães e gatos nem mesmo precisam conhecer esses sabores;
• Conservantes e estabilizantes;
• Corantes alimentícios industrializados – que não beneficiam em nada nem a nossa saúde e tampouco a saúde dos nossos pets.

Por onde começar para introduzir a alimentação natural para pets?

Toda e qualquer mudança alimentar tem um começo em comum: a sala do consultório do veterinário da sua confiança, que conhece o seu bichinho e, sobretudo, que tem conhecimentos científicos e atualizados sobre alimentação animal.

Dizemos isso porque existem especificidades em relação à saúde animal que só mesmo aquele profissional que já acompanha o seu pet poderá apontar e que nós, aqui, nem conseguiríamos alcançar.

Dessa forma, é importante que em todos os processos de substituição de alimentos, sejam eles frescos, como na alimentação natural, sejam eles industrializados, como nas melhores rações do mercado, sempre sejam realizados paulatinamente. 

Isso garantirá ao seu pet tempo de adaptação, novas descobertas e, sobretudo, mais saúde, sobretudo porque alterações bruscas na forma como o pet se alimenta podem até mesmo gerar quadros de estresse, fazendo com o que o animal simplesmente pare de se alimentar.

Além disso, outro ponto mais do que importante, diz respeito não só ao que servimos aos nossos pets, mas à forma que servimos os alimentos a eles. A alimentação é mais do que nutrição. É carinho, é afeto, é cuidado e, sobretudo, amor que transmitimos aos nossos seres de companhia a cada nova mordida.